Tuesday, July 31, 2012

Gjirokastër

Gjirokastër vista do alto do castelo


A velha Gjirokastër, cidade dos mil degraus e dos originais telhados rochosos situados nas encostas das montanhas que envolvem a grande planície do fértil vale do rio Drino são algumas das razões porque esta cidade do sul da Albânia se encontra inserida na lista das cidades património mundial da UNESCO como um "raro exemplo de uma cidade Otomana bem conservada". 
Foi nesta cidade que nasceram o antigo ditador comunista albanês Enver Hoxha e também o mais conhecido escritor do país Ismail Kadare.


 História


A cidade de Gjirokastër aparece pela primeira vez em registos históricos no ano de 1336, ainda com o seu nome grego Argyrokastro e sendo parte integrante do Império Bizantino. A cidade tornar-se-ia mais tarde o centro de um principado sob domínio do Albanês Gjon Zenebishi, entre 1373 e 1417, antes de ser anexada pelo Império Otomano que a dominaria durante 500 anos.

Neblina paira sobre o vale do Drino
A cidade foi mais tarde conquistada pelo Exército Grego durante as Guerras Balcânicas alegadamente devido à vontade expressa pela grande percentagem de população de ascendência grega ali residente, sendo contudo incorporada no Estado Albanês aquando da sua independência em 1913, facto que gerou o descontentamento da população grega da cidade que se revoltou acabando mesmo por decretar a cidade como capital da República Autónoma do Norte do Epiro em 1914. Este facto foi atrasando a incorporação da cidade na Albânia que aconteceu apenas em 1921.
Nos dias de hoje ainda existe uma minoria grega residente na cidade que juntamente com Sarandë constituem os principais centros da comunidade grega na Albânia.


Torre Otomana do Castelo da cidade
As muralhas da cidade datam do Século III enquanto as muralhas mais altas da cidadela são um pouco mais recentes datando do Século VI até ao Século XII, período em que a cidade se desenvolveu como um dos mais importantes centros comerciais dos balcãs ficando conhecida como Argyropolis ou Argyrokastron sendo parte do Império Bizantino.
No ano de 1811 a cidade de Gjirokastër foi integrada no Império Otomano como parte da província de Ioaninna que foi liderada por Ali Pasha até à sua morte em 1822.
Em Março de 1914, a República Autónoma do Norte do Epiro foi declarada em Gjirokastër e reconhecida pelas grandes potências após a assinatura do Protocolo de Corfu, no entanto esta república teria uma curta duração, terminando aquando do colapso da Albânia logo no inicio da I Guerra Mundial. As tropas Gregas reconquistariam a cidade durante os meses de Outubro e Novembro de 1914 e também outras duas cidades albanesas, Sarandë e Korçë, passando assim toda a antiga área da República Autónoma do Norte do Epiro para controlo grego.

Diferentes vistas de Gjirokaster: Rua da parte antiga da cidade (esq) Castelo e mesquita (dta)

A Conferência de Paz de Paris em 1919 traria de volta o status-quo do pós-Guerra essencialmente assegurando de novo a linha de fronteira traçada no Protocolo de Florença em 1913, passando assim a cidade outra vez a estar sob controlo albanês.
Em Abril de 1939 na sequência da invasão da Albânia, Gjirokastër foi ocupada pela Itália Fascista que ali se instalou até 1940, período em que na sequência da Guerra Italo-Grega os italianos acabariam por deixar a cidade que ficaria mais uma vez sob controlo grego. No entanto os gregos não conseguiram o domínio da cidade por mais de 4 meses visto terem capitulado perante as tropas alemãs em Abril de 1941 que re-concederiam o domínio da cidade aos seus aliados italianos.
Após a derrota e consequente saída de cena da Itália da II Guerra Mundial em Setembro de 1943, a cidade voltou a ser controlada pelo Exército Alemão, passando para controlo Albanês apenas no final da guerra.

Ruas da cidade de Gjirokaster aquando da minha visita, em Maio de 2012

 O regime Comunista Albanês que teve lugar na Albânia após o final da II Guerra Mundial desenvolveu a cidade num importante centro industrial e comercial ao mesmo tempo que lhe concedeu o estatuto de Cidade-Museu, tal como a cidade de Berat. De salientar o facto do líder comunista albanês Enver Hoxha ter nascido nesta cidade no ano de 1908, sendo a sua casa hoje um museu.

                             Interior do museu etnográfico da cidade que é também a casa onde nasceu Enver Hoxha

O fim do regime comunista revelou-se difícil para a cidade de Gjirokastër que foi uma das mais afectadas por graves problemas económicos, e também étnicos visto ter-se tornado no principal palco de conflito entre vários membros de minoria grega e a polícia albanesa em 1993. Os problemas económicos na cidade agravaram-se ainda mais com a crise financeira que o país viveu em 1997 tendo a cidade tornado-se num dos principais focos de constestação ao governo de Sali Berisha.



 Diário de Viagem 

A minha única visita a Gjirokastër foi num dia quente de verão embora algo chuvoso no mês de Maio de 2012. Assim que cheguei à cidade rapidamente vi que esta está construída nas encostas da montanha em cujo topo do planalto se encontra a antiga cidadela.
 
                       Em cima: Torre do castelo (esq) Vista do planalto onde está construído o castelo de Gjirokaster (dta)
                Em baixo: Restaurante onde almocei no dia em que cheguei à cidade (esq) Uma das inclinadas ruas da cidade (dta)

Vista desde as muralhas do castelo
No alto da montanha, um ponto estrategicamente posicionado ao longo do vale do rio Drino, o austero castelo, completamente restaurado e modernizado durante o período Otomano de Ali Pasha de Tepelene, domina a cidade de Gjirokastër.O castelo está aberto para visitas e tem no seu interior um museu de artilharia onde estão expostas as armas utilizadas pela resistência Comunista contra a ocupação alemã. Durante a visita deste castelo que serviu de prisão a muitos opositores do regime Comunista podem visitar-se as cinco torres, a torre do relógio e a igreja. No interior das muralhas do castelo encontram-se os destroços de um avião que têm uma curiosa história que vem desde os tempos do regime comunista. Este avião era oficialmente para o Partido Comunista um avião espião americano abatido em 1957 que significava o triunfo comunista contra o imperialismo, no entanto no fim do regime confirmou-se que não passava de um avião americano da NATO que aterrou de emergência em solo albanês devido a problemas mecânicos.

               O avião encontra-se dentro das muralhas do castelo e permite por isso um bom enquadramento fotográfico


Casa Zekate - uma das típicas casas  de Gjirokaster
Apesar das primeiras muralhas da cidade datarem do século III, a maior parte das casas existentes datam dos séculos XVII e XVIII.
Estas casas típicas são construídas em pedra e podem, em alguns casos, ter até cinco pisos, e são rodeadas internamente, e algumas externamente, por grandes escadas de madeira. Este estilo é definido como casa fortificada à medida de um pequeno castelo, e é bastante popular no sul da Albânia.
Tive oportunidade de visitar a Casa Zekate, um dos maiores exemplos deste tipo de arquitectura, e por isso restaurada após a cidade ter sido declarada património mundial da UNESCO.

 
         A varanda da Casa Zekaste com a vista para a parte baixa da cidade (esq) Uma das salas no interior da casa (dta)

O museu etnográfico situa-se numa casa mais pequena e ligeiramente diferente da Casa Zekate, no entanto o mesmo tipo de organização na estrutura da casa prevalece.
No primeiro piso situa-se uma cisterna e um estábulo para os animais, no segundo piso, um quarto para os convidados e o quarto da família com a respectiva lareira, nos pisos superiores existem mais quartos caso se tratasse de uma família numerosa.

 
                   Em cima: A entrada do Museu Etnográfico (esq) A varanda da casa onde nasceu Enver Hoxha (dta)
                         Em baixo: A cozinha com alguns antigos utensílios (esq) A sala de fumo, só para homens (dta)

Túneis de defesa
Algumas alterações foram operadas na cidade durante o período comunista apesar da cidade ter sido declarada como uma Cidade-Museu. Durante este período foram construídos nas montanhas de Gjirokastër túneis de defesa tal como em muitas outras cidade albanesas de forma a proteger os civis de um alegado bombardeamento da aviação de um dos muitos países hostis para com a Albânia comunista. Na sequência da revolução cultural registada durante o período comunista, em 1967, apenas uma das doze Mesquitas existentes em Gjirokastër acabou por resistir a este período. A hoje chamada Mesquita de Gjirokastër situa-se na zona do antigo bazaar otomano, onde também se situam muitas das 200 casas preservadas como monumentos culturais na cidade, e foi construída em 1757, época de pleno domínio Otomano.

A mesquita situa-se na parte alta da cidade
A cidade de Gjirokastër tem uma história rica bem patente nas suas casas, castelos e principalmente nas suas gentes. O mais conceituado escritor albanês Ismail Kadare, natural desta cidade, num dos seus mais aclamados romances Crónicas em Pedra recua ao período da história da cidade durante as ocupações italiana e posteriormente grega durante a I Guerra Mundial focando-se nas emoções, nos costumes e nos trajos das pessoas da terra para contar assim contar as suas histórias. O forte carácter cultural da cidade é visível na realização de cinco em cinco anos do Festival Nacional de Folclore de Gjirokastër, que decorre no castelo da cidade.


Como Chegar
Sendo uma das principais cidades do país não é por isso muito difícil de chegar à cidade de Gjirokastër. No entanto o facto de não faltarem alternativas de transporte para chegar a esta cidade, não significa que o caminho, no meu caso desde Tirana, não seja difícil e tortuoso. Desde Tirana até Gjirokastër é um percurso de seis horas em estradas de montanha em muito más condições.
As opções são ou Autocarro ou Minivan, sendo que o autocarro tarda cerca de mais uma hora, uma hora e meia. Os preços são cerca de cinco euros em ambos os casos, no entanto aqui recomendo a viagem de autocarro porque durante um percurso tão longo é melhor ir sentado comodamente coisa que não é possível numa Minivan cheia até ao máximo.

Sunday, July 22, 2012

Lezhë & Shëngjin

Túmulo de Skanderbeg


Nos seus tempos áureos Lezhë era uma cidade importante para os gregos visto permitir-lhes assegurar a manutenção das rotas comerciais no Mar Adriático. 
A cidade esteve sob domínio de povos distintos durante a sua história desde Gregos, Romanos e Bizantinos sendo ainda hoje descobertos vestígios de todas estas civilizações.
É nesta cidade que se encontra sepultado Georgi Kastrioti Skanderbeg, o maior herói nacional Albanês e responsável maior pela Liga de Lezhë que unificou os lideres tribais albaneses na luta contra os Turcos Otomanos.



 História

A cidade foi fundada por Dionísio I de Siracusa no ano 385 a.c. passando a constituir uma colónia grega chamada Lissus que tinha um importante papel na estratégia de defesa das rotas comerciais de Siracusa ao longo do mar adriático. A cidade passaria mais tarde a ser dominada pelas tribos Ilírias até se render no ano 211 a.c. ao domínio de Filipe V da Macedónia após este ter conquistado a cidadela de Akrolissos, no entanto a cidade voltaria mais tarde a estar sob domínio Ilírio.

                                                   Centro da cidade de Lezhe com o mausoléu de Skanderbeg

Foi na cidade de Lissus antigo nome de Lezhë que Perseu da Macedónia negociou uma aliança militar contra a Roma Imperial com o Rei Gentius da Ilíria que também ali reuniria o seu exército.
Contudo a aliança militar estabelecida não foi suficiente para que a cidade pudesse escapar ao domínio romano que a integrou na Província Imperial da Macedónia.
Durante a Idade Média a cidade de Lezhë, então conhecida como Alessio, esteve sob controlo de diversos povos até ser anexada pelos Venezianos no ano de 1386 a quem pertenceu até à morte de Skanderbeg. A cidade cairia em mãos Otomanas em 1478 na sequência do cerco de Shkodër.

                                                      Busto de Skanderbeg no interior da Igreja de São Nicolau

Devido a estar sob domínio Veneziano a cidade de Lezhë foi a escolhida por Skanderbeg como o local neutro onde teve lugar a Convenção entre Albaneses, Sérvios, Dalmácios, entre outros chefes tribais que se pretendiam unir para lutar contra a invasão Otomana, esta Convenção ficou conhecida como a Liga de Lezhë.


 Diário de Viagem

A minha viagem a Lezhë foi no mês de Março de 2012. Apenas passei um dia na cidade mas foi tempo suficiente para visitar toda a cidade visto tratar-se de uma cidade pequena e não muito distante da capital Tirana.

                                   Centro da cidade com o castelo no topo da montanha (esq) Catedral de Lezhe (dta)

O ponto mais importante da cidade é o túmulo de Skanderbeg no interior da velha Igreja de São Nicolau.

       Placa explicativa da Igreja de S.Nicolau (esq) Antigo Mosaico no interior da Igreja (centro) Porta da Igreja (dta)

 
                          Túmulo de Skanderbeg com a sua espada e capacete (esq) Interior da Igreja de S.Nicolau (dta)

Há ruínas e sítios arqueológicos espalhados para centro da cidade onde no entanto não existem muitas placas informativas acerca destes.

                                       Ruínas escavadas junto ao Túmulo de Skanderbeg na Igreja de S.Nicolau

A cidade estende-se pelas duas margens do rio e como em todas as cidades da Albânia estão presentes os blocos de edifícios em tijolo construídos durante o regime Comunista de Enver Hoxha

                      
Próximo da cidade de Lezhë existe a localidade costeira de Shëngjin, em italiano San Giovanni di Medua, apenas 7 quilómetros de distância

                                           Praia de Shengjin já com alguma construção a ser visível próximo do mar

Como Chegar

Chegar a Lezhë desde Tirana demora cerca de uma hora utilizando o autocarro. Existe também a opção minivan que demorará sempre um tempo menor de viagem embora o preço seja sensivelmente o mesmo. Também existe ligação a Lezhë desde Shkodër. Outra opção é o Autocarro Tirana - Shkodër ou vice-versa e pedir para sair em Lezhë visto a estrada passar por dentro de Lezhë.


Thursday, July 12, 2012

Voskopojë

Igreja de São Nicolau numa nevada manhã de Março



Nos seus píncaros, em meados do Século XVIII, esta cidade era sede da única editora dos Balcãs fora de Istambul, e ali também se encontravam escolas, e várias igrejas Ortodoxas Gregas que a tornavam num dos centros da cultura grega.
É difícil de imaginar que a pequena cidade de Voskopojë, antiga Moscopole, tenha sido ainda o principal centro cultural e comercial do povo Aromeno e ser actualmente apenas um pequeno município do distrito de Korçe, situado no alto das montanhas no leste da Albânia a 1160 metros de altitude.



 História

Apesar de estar localizada num local isolado no alto das montanhas a mais de 1000 metros de altitude a antiga cidade de Moscopole foi o mais importante centro civilizacional do povo aromeno. Moscopole era uma pequena colónia até ao final do Século XVII altura em que começou a registar um grande desenvolvimento económico e cultural, tornando-se numa das maiores cidades dos Balcãs no Século XVIII.


                               Centro da cidade de Voskopoje com o monumento aos soldados comunistas da cidade

A população da cidade falava aromeno mas muitos habitantes falavam também grego que era a língua utilizada, por exemplo, para escrever contratos. Havia uma editora sediada em Moscopole facto que a tornava na segunda cidade dos Balcãs que possuía uma editora, a outra cidade era Istambul. Na cidade foi publicado em 1770 o primeiro dicionário das quatro línguas balcânicas modernas (Albanês, Grego, Aromeno e Búlgaro). Existiam ainda um orfanato, provavelmente o primeiro no mundo Pos-Bizantino Ortodoxo, e ainda um hospital e 24 igrejas. 

                                                             Mosteiro e uma das igrejas de Voskopoje 

Os historiadores atribuem o declínio da cidade a uma série de violentas incursões de muçulmanos albaneses que quase destruíram a cidade em 1769, facto ao que se seguiu a participação dos residentes na revolta de Orlov em 1770, uma das lutas que antecedeu a luta pela independência da Grécia em 1821. 
Rua nevada de Voskopoje
O abandono e destruição de Moscopole foi em 1788 quando os ataques das tropas Otomanas de Ali Pasha fizeram com que Moscopole passasse de uma cidade próspera para uma pequena aldeia. Como consequência da invasão da cidade esta ficou praticamente destruída e o seu comércio transferiu-se para as cidades de Korçe e Berat sendo que as elites comerciais da cidade se transferiram para a Austria, Hungria, bem como para a região da Transilvânia na Roménia, enquanto os outros sobreviventes foram forçados a emigrar, a maior parte deles para as regiões da Tessália e da Macedónia. Existem todavia teses que apontam que a principal causa do declínio da cidade terá sido a relocalização das rotas comerciais na Europa central e de leste após os ataques supracitados e não apenas a violência dos ataques em si.

Em 1914 Moscopole era parte da República Autónoma da Norte do Epiro e voltou a ser destruída em 1916 na sequência da I Guerra Mundial, sendo que os edifícios que resistiram foram destruídos depois na II Guerra Mundial, primeiro pelas tropas Italianas e depois pelos Nacionalistas Albaneses. 

                                                             Edifícios destruídos desde a I Guerra Mundial
Hoje em dia Moscopole é conhecida como Voskopojë, e trata-se de uma pequena aldeia de montanha, com 2200 pessoas, embora ainda seja considerada um local santo para os Cristãos Ortodoxos, sendo ainda um dos centros principais de onde provém a diáspora aromena.

                           Centro de Voskopoje com o memorial comunista (esq) e o edifício da câmara municipal (dta)

Da parte antiga da cidade sobram apenas 6 igrejas ortodoxas (uma em ruínas), uma ponte e um mosteiro, sendo que as igrejas de Voskopojë estão entre as mais representativas da arte eclesiástica do Século XVIII nos Balcãs, sendo as suas características semelhantes às dos centros monásticos de Monte Athos e de Meteora, na Grécia. No entanto o muito mau estado de conservação em que se encontram as igrejas levaram a que estas fossem incluídas na lista dos 100 monumentos mundiais em perigo.

                            Arcadas da Igreja de São Nicolau com alguns dos frescos visíveis do exterior da igreja
  
Diário de Viagem
 
Visitei a cidade de Voskopojë num frio dia do mês de Março de 2012 após uma visita à cidade de Korçe. A caminhada começou com a visita à igreja de São Nicolau - Kisha e Shen Kollit - cuja entrada estava inacessível devido ao grande volume de neve que bloqueava os acessos à igreja.

 
                                                         A igreja de São Nicolau estava inacessível devido à neve

No caminho de volta ao centro da aldeia era visível como a neve afecta os moradores desta fria cidade mesmo ainda durante o mês de Março. Foi necessário ultrapassar a antiga ponte de pedra de forma a conseguir chegar à Igreja de São Dionisio - Kisha e Shen Dionisi-

                                                         A neve era muita em Voskopoje mesmo sendo Março

A igreja de São Dionisio - Kisha e Shen Dionisi - também se encontrava encerrada devido à imensa neve.

                Igreja de São Dionísio - Kisha e Shen Dionisi (dta) Tunél de Segurança dos tempos de Enver Hoxha (esq)
  
Cavado na montanha logo atrás da Igreja de São Dionísio era visível um túnel de segurança construído pelos comunistas durante o período de Enver Hoxha. A igreja mais próxima da Igreja de São Dionísio era a Igreja de São Athanasius - Kisha e Shen Thanasit. 

                                  Indicação da Igreja de Shen Thanasit (esq) Cemitério da Igreja de São Athanasius (dta)

O acesso às igrejas era verdadeiramente difícil por entre os caminhos nevados e já de si bastante acidentados. A última igreja a que tentei aceder, também sem sucesso, foi a Igreja de São Elias - Kisha e Shen Ilias.  Após o acidentado percurso de forma a visitar as Igrejas de Voskopoje voltei-me a dirigir ao centro da aldeia de forma a conseguir novo transporte até à cidade de Korçe.

       Os caminhos nevados dificultavam o acesso às igrejas de Voskopoje (esq) Igreja de São Ilias - Kisha e Shen Ilias (dta)



Como Chegar

Estrada de acesso a Voskopoje via Korçe
A aldeia de Voskopojë situa-se a cerca de 20 quilómetros de Korçe, sendo por via Korçe a melhor forma de chegar a Voskopoje. Existe uma minivan que faz a ligação Korçe - Voskopoje, num percurso que dura pouco mais de meia hora.