Mosteiro de São Joaquim de Osogovo em Kriva Palanka |
Kriva Palanka é uma pequena cidade situada no norte da República da Macedónia junto à fronteira com a Bulgária, a apenas a dez quilómetros de distancia. Trata-se de uma das cidades mais recentes da República da Macedónia fundada apenas em 1633 pelo Otomano Bajram Pasha com o objectivo de popular e fortalecer a região.
História
A posição geográfica da cidade favoreceu o seu desenvolvimento numa cidade de maiores dimensões
Uma das torres do Mosteiro |
A população da cidade é maioritariamente de fé Cristã Ortodoxa, religião que se imbuiu na vida e nas tradições dos habitantes de Kriva Palanka como atesta o grande número de igrejas existentes na cidade e nas áreas vizinhas.
A mais famosa das igrejas da cidade e um dos mais bonitos de toda a República da Macedónia é o mosteiro de São Joaquim de Osogovo fundado no século XII e reconstruido por várias vezes ao longo dos séculos.
Os frescos pintados no mosteiro são riquíssimos e interessantes reproduzindo populares alegorias cristas (ambas as fotos)
Diário de Viagem
Viajei desde Skopje até Kriva Palanka onde cheguei à hora de almoço de um muito quente dia de Junho de 2012. Trata-se de uma pequena e pouco interessante cidade do interior da República da Macedónia no entanto foi interessante ter visitado o mosteiro de São Joaquim de Osogovo situado a poucos quilómetros da cidade.
O caminho desde a cidade até ao alto da montanha onde se situa o mosteiro (esq) A minha primeira visão do mosteiro (dta)
Para se chegar ao mosteiro de São Joaquim de Osogovo é necessário caminhar cerca de hora e meia até ao topo de uma montanha vizinha.
A entrada do complexo do mosteiro (esq) Fresco pintado numa das rochas adjacentes ao mosteiro (dta)
O mosteiro foi fundado no século XII por um padre ortodoxo e seria depois, em 1585, durante o domínio Otomano convertido numa mesquita. Durante a Guerra que opôs o Império Austro-húngaro ao Impéro Otomano, em 1960, o mosteiro foi severamente danificado e foi mesmo parcialmente destruído pelos Otomanos como forma de castigar os habitantes locais que ali esconderam soldados austriacos durante a guerra. Existe uma lenda que refere que os Otomanos não destruíram totalmente a igreja porque uma misteriosa força espiritual não lhes permitiu consumar a destruição total do monumento.
As igrejas fotografadas desde a parte superior do mosteiro onde se situam as instalações dos padres (ambas as fotos)
Não existem vestigios da primeira construção do mosteiro no século XII sendo que o actual complexo do mosteiro é constituído pela igreja de São Joaquim de Osogovo, cuja construção data do século XIX, além de uma pequena igreja dedicada à Mãe de Deus fundada no século XIV. Existe também um vasto complexo de dormitórios bem como a residência do Patriarca Chefe da Igreja Ortodoxa da Macedónia.
Zona dos dormitórios do mosteiro (esq) e a Igreja de São Joaquim de Osogovo (dta)
Os frescos no interior das igrejas do mosteiro são um dos maiores exemplos do expoente da pintura religiosa Cristã Ortodoxa do século XIX.
Interior e exterior da igreja mais pequena do mosteiro cuja cúpula em madeira data do séc XIV(todas as fotos)
Reza a lenda que São Joaquim encontrou a solidão monástica numa gruta nos arredores do rio Kriva onde viveu uma vida de oração e confinamento morrendo em 1105.
Frescos pintados nas cúpulas das igrejas do mosteiro de São Joaquim de Osogovo (todas as fotos)
Altar no centro da cidade |
No caminho de volta a Skopje no final do dia não consegui chegar à paragem antes do último autocarro partir, por volta das cinco da tarde, sendo que tive de viajar até Skopje através de autostop algo fácil nos balcas mas que por vezes demora algum tempo, principalmente aos domingos à noite e tratando-se de uma viagem longa e de uma estrada com pouco movimento. Consegui ao fim de algumas voltas e tive de entrar e sair de vários carros que me iam levando sempre um pouco mais além na direcção de Skopje até conseguir entrar num carro que seguisse para a capital do país.
Por vezes demora algum tempo até conseguir que algum carro nos leve gratuitamente até onde pretendemos (ambas as fotos)
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