A Torre Branca é talvez o monumento mais icónico da cidade de Tessalónica
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A cidade foi fundada cerca de 315 a.c. pelo Rei Cassandro da Macedónia em honra da sua mulher a Rainha Tessalónia, meia-irmã de Alexandre, o Grande e tornou-se depois a cidade mais importante de todo o Reino da Macedónia. Cidade de castelos, torres, velhas ruínas e catacumbas e um verdadeiro museu ao ar livre de arte Bizantina, Tessalónica é nos dias de hoje a segunda maior cidade da Grécia depois da capital Atenas, bem como a mais importante cidade da região da Macedónia.
História
Após a queda do Reino da Macedónia, em 168 a.c., a cidade tornou-se uma cidade livre no seio de uma República Romana durante o reinado do Imperador Marco António em 41 a.c. convertendo-se num importante pólo comercial da rota da Via Egnatia, a estrada que ligava Dyrrachium, actual Durres, com Bizancio, actual Istambul.
O Arco de Galerius data do século IV (esq) Muralhas do castelo de Tessalónica - sec IV (dta) |
Eptapyrgio, erguido na Acrópole |
Desde os primeiros dias do Império Bizantino a cidade de Tessalónica foi considerada a segunda cidade do império depois de Constantinopla quer em termos de riqueza quer em termos de tamanho.
A cidade manteve este estatuto até ter sido transferida para a autoridade de Veneza em 1423.
No século IX os missionários gregos Bizantinos Ciril e Metódio, ambos nascidos na cidade, criaram o primeiro alfabeto eslavo, baseado nas línguas que se falam nos arredores da cidade após as invasões eslavas no século anterior. Tessalónica deixou de estar sob controlo Bizantino em 1204 ano em que Constantinopla foi capturada pela Quarta Cruzada e incorporada no Reino de Tessalónica, um reino aliado do Despotado do Epiro, um das três facções originadas na sequência da queda do Império Bizantino, do qual acabou por se tornar capital durante o período em que ficou conhecido como Império de Tessalónica.
Panorama sobre o mar visto desde o Eptapyrgio (esq) Interior das catacumbas de Agios Ioannis Prodromos (esq)
Interior da Rotunda de Galerius |
O bairro que sobe até à antiga Acrópole e ao Eptapyrgio era chamado durante a ocupação Otomana de Yedi Kule
As muralhas Otomanas da cidade |
Na I Guerra Mundial os Aliados fundaram uma base na cidade o que deu origem à Frente da Macedónia local a partir de onde os Gregos com o apoio dos Aliados lançaram o Movimento de Defesa Nacional, liderado por um governo temporário pro-aliado chamado Estado de Tessalónica, que encetou uma acção de conquista de novos territórios anexados pela Grécia durante as Guerras dos Balcãs, a maior parte na Macedónia e no Norte da Grécia mas também no Norte do Egeu, como a Ilha de Creta.
Interior da Igreja de Agia Sofia, séc VIII (esq) Interior da Igreja de São João Baptista (dta)
Em 1917 na sequência da abdicação do Rei Constantino do Estado de Atenas, o Estado de Tessalónica foi desmantelado e os dois governos opositores acederam a juntar-se sob autoridade de Venizelos criando uma Grécia unida. Após a derrota da Grécia na Guerra Greco-Turca e na sequência do desmembrar do Império Otomano foram levadas a cabo trocas de população entre a Grécia e a Turquia. Mais de 160 mil Gregos foram deportados de várias partes do território do antigo Império Otomano e acolhidos na cidade que deportou simultaneamente cerca de 20 mil muçulmanos para a Turquia.
Interior da Igreja de Agia Sofia, séc VIII (esq) Interior da Igreja de São João Baptista (dta)
Pequena embarcação ancorada na costa |
A Torre Branca é o maior ícone da cidade |
Diário de Viagem
Vista desde a antiga Acrópole da cidade |
O Minarete da Rotunda |
Umas das mais antigas entradas da cidade |
A Torre Branca situa-se na baixa da cidade |
A marginal de Tessalónica é um dos locais mais frequentados pelos habitantes da cidade (ambas as fotos)
Interior da Igreja de São João Baptista |
Os Cristaos Ortodoxos visitam a cripta onde tomam a Agiasma, ou Água Santa, que os previne de todos os males (todas as fotos)
A cripta da Igreja de Agios Dimitris é a mais famosa mas visitei também a cripta da Igreja de São João Baptista escavada sob o solo da pequena igreja com o mesmo nome, situada bem próxima da monumental Igreja de Santa Sofia, bem no centro da zona histórica da cidade. Pensa-se que estas catacumbas tenham sido escavadas para a construção de um antigo templo pagão que ao ser descoberto pelos Cristãos, foi por estes aproveitado para que se escondessem dos Romanos que os perseguiam continuando assim a prestar o culto a Deus. Com o final da perseguição dos Romanos ao Cristãos, foi erguida, por estes últimos, nestas catacumbas, um baptistério que se crê ter sido o local de baptismo de Teodósio, o Grande, aquando da passagem deste pela cidade. Hoje esta pequena igreja é visitada por centenas pessoas duas vezes por ano, no dia do nascimento de São João Baptista bem como no dia da sua morte por decapitação.
A cripta da Igreja de Agios Dimitris é a mais famosa mas visitei também a cripta da Igreja de São João Baptista escavada sob o solo da pequena igreja com o mesmo nome, situada bem próxima da monumental Igreja de Santa Sofia, bem no centro da zona histórica da cidade. Pensa-se que estas catacumbas tenham sido escavadas para a construção de um antigo templo pagão que ao ser descoberto pelos Cristãos, foi por estes aproveitado para que se escondessem dos Romanos que os perseguiam continuando assim a prestar o culto a Deus. Com o final da perseguição dos Romanos ao Cristãos, foi erguida, por estes últimos, nestas catacumbas, um baptistério que se crê ter sido o local de baptismo de Teodósio, o Grande, aquando da passagem deste pela cidade. Hoje esta pequena igreja é visitada por centenas pessoas duas vezes por ano, no dia do nascimento de São João Baptista bem como no dia da sua morte por decapitação.
Os dois edifícios mais emblemáticos da Praça Aristóteles sao o Olympion e o Electra, construídos nos anos 50 e 60 respectivamente
Rua do bairro de Ladadika |
Outra grande atracção da cidade são os seus mercados tradicionais como o de Kapani, Vlalis, e principalmente o Mercado de Modiano que se situa no interior de um edifício de 1922 com um telhado de vidro.
Como Chegar
Rua da parte alta da cidade de Tessalónica |
Desde 1888 ligada por caminho-de-ferro à Europa Central via Belgrado e ao Oriente via Istambul, desde 1896, a cidade de Tessalónica é hoje ainda de mais fácil acesso do que Atenas. De comboio há viagens directas para Sófia, além de Belgrado. Existe também uma rede de autocarros com destino a diversas cidades da Grécia e dos Balcãs bem como alguns destinos da Europa Ocidental. Existe também um aeroporto internacional em Tessalónica de onde operam voos algumas companhias aéreas lowcost.
Quanto eu acho que você já falou sobre todas as cidades importantes dos Bálcãs que você visitou, me deparo com esse novo post. Tessalônica parece uma cidade simpática, mas se um grande interesse ou potencial turístico. Quero ver um post sobre as belas ilhas gregas, hehe...
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