Thursday, May 30, 2013

Sofia - София

Catedral de São Alexandre Nevski no centro da capital da Bulgária


Apesar de o nome Sofia significar sabedoria em grego antigo a cidade foi conhecida como Sredets até ao final do século XIX, em 1879, ano em que foi declarada como capital do Principado da Bulgária após a sua libertação do domínio Otomano. Hoje, com uma população de cerca de 1,2 milhões de pessoas Sofia é a capital e a maior cidade da Bulgária e onde se situam a maioria das universidades, instituições culturais bem como empresas do país. Com a entrada da Bulgária na União Europeia em 2007 Sofia passou também a integrar a lista das capitais europeias.


História

Achados arqueológicos pré-históricos foram descobertos bem no centro da cidade, próxima do Palácio Real e também nos bairros de Slatina e de Obelya, já um pouco afastados do centro. As muralhas bem preservadas da cidade datam pelo menos do século VII a.c. quando os Trácios fundaram uma cidade neste local próximo de uma nascente de água que chegou aos dias de hoje.
Originalmente Sofia era uma cidade Trácia conhecida como Serdica, um nome talvez derivado de uma tribo Céltica chamada Serdi. Durante um pequeno período durante o século IV a.c. a cidade foi dominada por Filipe da Macedónia e posteriormente pelo seu filho Alexandre, o Grande. Por volta do ano 29 a.c. Serdica foi conquistada pelos Romanos que a tornaram numa região administrativa com o nome de Ulpia Serdica durante o reinado do Imperador Trajano (98-117).

Igreja de São Jorge - Séc. IV (esq) Interior de uma mesquita no centro de Sofia (dta)

Sofia foi a primeira capital do I Império Búlgaro durante o reinado de Krum da Bulgária em 809 depois de resistir a um cerco de longa duração. Nesta altura a cidade era conhecida pelo seu nome búlgaro Sredets e tratava-se de uma importante fortaleza militar bem como de um grande centro administrativo. Após a queda do noroeste da Bulgária quando invadida pelos exércitos de Joao I Tzimisces, em 971, o Patriarca Búlgaro Damião escolheu Sofia para a sede do seu patriarcado no ano seguinte. Após várias tentativas mal sucedidas de cercar a cidade, Sofia caiu finalmente às mãos das tropas Bizantinas em 1018, embora fosse posteriormente reconquistada e anexada ao recém-restaurado Império Búlgaro liderado por João Asen I.
Palácio Presidencial Búlgaro
Em 1382 a cidade foi conquistada pelo Império Otomano após a capitulação búlgara na Guerra Otomano-Búlgara na sequência de um cerco de grande duração. Em 1393 Sofia tornou-se na sede de um Sanjak, província Otomana, com o mesmo nome.
Em 1443 Vladislau III da Polónia tentou e falhou a conquista da cidade facto que causou uma grande repressão Otomana que puniu e aniquilou grande parte da população cristã da cidade. Porém neste período a cidade passou a gozar de um estatuto reforçado no interior das fronteiras do Império Otomano sendo nomeada capital da província da Rumélia durante os quatro séculos seguintes facto que instigou um grande aumento do numero de população turca.   

No século XVI a arquitectura da cidade transfigurou-se e converteu-se numa cidade marcadamente Otomana onde se destacavam várias mesquitas, fontes e hamams ou banhos turcos. Porém no seio de uma população de 7 mil pessoas existiam ainda muitos cristãos tendo o Vaticano estabelecido na cidade a Sé de Sofia em 1610 destinada aos católicos da Rumélia.

Igreja de Sveta Nedelya (esq) Estátua de Santa Sofia, a padroeira da cidade de Sofia (dta)

Avenidas largas de Sofia ao estilo Comunista
As tropas Russas entraram em Sofia em Janeiro de 1878 na sequência da Guerra Russo-Turca e em 1879 declararam a independência do Principado da Bulgária face ao Império Otomano. Em 1908 foi declarado o Reino da Bulgária com Sofia como capital. A cidade desenvolveu-se e aumentou em muito a sua população em virtude do êxodo rural proveniente do interior do país no período que se seguiu. Durante a II Guerra Mundial Sofia foi bombardeada pelas forças Aliadas em 1943 e 1944 sendo posteriormente invadida pelo Exército Vermelho. Após a II Guerra Mundial a Bulgária enveredou por um regime comunista que implicou significativas alterações nos traços arquitectónicos da capital que também sofreu um grande aumento populacional neste período.


Diário de Viagem

Cheguei à estação de caminho-de-ferro de Sofia em Agosto de 2009 vindo da cidade de Atenas, a capital da Grécia. A distancia a percorrer desde a estação até ao centro da cidade é curta e pode ser
Estação ferroviária de Sofia
por isso percorrida caminhando. Talvez por ter sido a primeira cidade da verdadeira Europa de Leste que visitei, várias situações foram completamente novas para mim, começando no facto de quase ninguém falar inglês nem mesmo qualquer outra língua estrangeira à excepção de russo, como por exemplo no balcão internacional da estação. Em Sofia tive pela primeira vez experiências que há muito ambicionava: 
- Vi pela primeira vez ao vivo e a cores um Moskvitch, os famosos automóveis de fabrico soviético.
- Vi pela primeira vez nomes de ruas, estabelecimentos, entre outros, escritos com o alfabeto cirílico que tanto me fascina e que entre os 27 países da União Europeia, é unicamente utilizado na Bulgária.
- Entrei pela primeira vez numa igreja Ortodoxa Russa e também numa mesquita em território da União Europeia.

Apesar do caminho que a cidade tem vindo a efectuar para se ocidentalizar são muito visíveis os seus traços comunistas
 
A cidade de Sofia trata-se de uma cidade com um plano arquitectónico tipicamente comunista composta por grandes e limpas avenidas ligadas por um bom sistema de veículos eléctricos, e onde não se encontra muito visível a antiga história da cidade, excepção às ruínas das muralhas da antiga cidade de Serdica que se situam próximas da antiga igreja de São Jorge, e que remontam pelo menos ao ano de 447 quando a cidade foi reconstruída pelo Imperador Bizantino Justiniano I na sequência da invasão dos povos Hunos que a dizimou por completo.

Antigo palácio real e hoje galeria de arte (esq) Igreja de São Jorge - século IV, rodeada pelo Palácio Presidencial  (dta)

Na praça de Alexandre José de Battenberg, coroado como Alexandre I da Bulgária em 1879 colocando um fim nos mais de quatro séculos sob domínio do Império Otomano, situa-se o antigo Palácio Real, um edifício de estilo neo-clássico e pintado de amarelo onde hoje se situa a Galeria Nacional de Arte da Bulgária.

O render da guarda à frente do edifício onde se situa o Palácio Presidencial da Bulgária

O edifício do Parlamento da Bulgária, antiga sede do Partido Comunista da Bulgária, foi proclamado monumento cultural devido à sua importância histórica. No entanto o edifício do Palácio Presidencial, embora não seja tão interessante arquitectonicamente suscitou-me interesse por estar construído em volta de uma igreja do século IV, a igreja de São Jorge, uma autentica relíquia do Império Romano e que inclui ainda dos melhores exemplos de frescos medievais em toda a Europa, que datam desde o século X ao século XIV.

 Igreja de Sveta Nedelya (esq) Igreja de São Alexandre Nevski (dta)

As maiores atracções da cidade são as suas igrejas como a igreja de Sveta Nedelya, a igreja de São Alexandre Nevski, que construida em 1912 é talvez o monumento mais fotografado de toda a cidade, a bonita igreja Ortodoxa Russa de São Nicolau construida em 1913 em homenagem aos soldados russos mortos na guerra de libertação da Bulgária, a igreja de São Jorge, um legado do Império Romano, a igreja de Santa Sofia, um templo construído no século XIV em homenagem à santa que dá o nome à cidade, e claro a igreja de Boyana, cuja origem remonta ao século X, estando por isso incluída na lista de Património Mundial da UNESCO.

Um dos muitos parques da cidade (esq) Mercado de rua mesmo em frente à igreja de São Alexandre Nevski (dta)

Uma das grandes atracções da cidade são os coloridos mercados de rua como aqueles que existem nas proximidades da igreja de São Alexandre Nevski. Aqui pode encontrar-se um pouco de tudo mas grande parte dos artigos transaccionados são moedas e artefactos relacionados com a era Comunista do país.

Fotografias tiradas em diversas ruas da cidade

Talvez não se possa dizer que Sofia seja uma cidade reconhecida pela sua beleza arquitectónica, no entanto não creio que mereça a fama que tem de ser uma cidade perigosa ou pouco interessante mas sim uma cidade austera e orgulhosa, embora não possa nunca competir com as pérolas vizinhas de Budapeste ou Istambul.


Como Chegar

Fronteira Ferroviária entre a Bulgária e a Grécia
Sendo uma capital de um país da União Europeia existirão certamente conexões aéreas com a cidade desde alguns pontos do continente. Eu cheguei à cidade num comboio proveniente da vizinha Atenas, e no fim da minha visita segui num comboio nocturno rumo à cidade de Bucareste, a capital da Roménia e minha próxima paragem. Os preços dos comboios são muito baratos apesar das condições dos mesmos não serem as mais desejáveis.

Thursday, May 23, 2013

Bucareste - București

Palatul Poporului ou Palatul Parlamentului, o Parlamento da Roménia


Com mais de 1,5 milhões de habitantes Bucareste é um dos maiores pólos industriais da Europa de Leste. Capital da Roménia desde o ano de 1862 é também o seu maior centro de arte e cultura. Apesar de algo devastada pelas duas Guerras Mundiais e também pelos programas de sistematização urbanistica do ditador Ceaucescu, a arquitectura desta cidade é um misto de estilo neo-clássico, com arquitectura Comunista bem como moderna sendo conhecida como Micul Paris, "Pequena Paris", ou "Paris de Leste".


História 

O nome "Cidadela de București" foi mencionado pela primeira vez em 1459 quando ali se estabeleceu o príncipe da Valáquia Vlad III o empalador, também conhecido por Drácula.
Edifício da Ópera Nacional de Bucareste
A cidade tornou-se no local permanente de residência da corte da Valáquia depois de 1698 durante o reinado de Constantin Brancoveanu  no entanto nos 200 anos que se seguiram acabou danificada por vários desastres naturais e invadida várias vezes pelos Otomanos que nomearam administradores Gregos para a gestão da cidade. Esta gestão dos Gregos a soldo de Constantinopla durou até 1821 já que foi interrompida por uma revolta em Bucareste liderada por Tudor Vladimirescu. Durante o período de domínio Otomano a cidade foi libertada várias vezes pela Monarquia de Habsburgo, pela Rússia Imperial e mais tarde pela Áustria após a partida dos Russos em 1857. Bucareste esteve sob administração russa entre 1828 e a Guerra da Crimeia com a excepção do período da Revolução da Valáquia em 1848.
O rio Dambovita foi canalizado em 1888
Em 1862 foi criado o Principado da Roménia, na sequência da junção dos territórios da Valáquia e da Moldávia, do qual Bucareste foi declarada como capital e em 1881 tornou-se no principal pólo político do recém proclamado Reino da Roménia por Carlos I. Na segunda metade do século XIX a população da cidade aumentou exponencialmente facto que implicou um grande desenvolvimento urbano. A arquitectura cosmopolita e altamente cultural deste período levou a que Bucareste passasse a ser conhecida como Paris do Leste principalmente devido à  Calea Victoriei que se assemelha em muito aos Campos Elísios. Grande parte dos monumentos da cidade foram construídos durante este período como o Arcul de Triumf, Arco do Triunfo.
Interior de uma velha cervejaria
Entre 1916 e 1918 a cidade esteve ocupada pelas forças Alemãs na sequência da Batalha de Bucareste, e durante este período a capital da Roménia passou a ser a cidade de Iasi na província da Moldávia, voltando Bucareste a ser capital apenas no final da I Guerra Mundial. 
Durante a II Guerra Mundial, em Janeiro de 1941 a cidade sofreu grandes bombardeamentos por parte das tropas Aliadas em função de ser uma capital de um dos países do Eixo e por isso um local de transito das suas tropas para a Frente Leste. Em 1944 deu-se a queda da monarquia na Roménia que culminou com a passagem do país para o lado das tropas Aliadas.

Fachada central do edifício do Palácio do Povo (esq) Rua de Bucareste (dta)

A cosmopolita Avenida da Vitória
Depois da implantação do Comunismo na Roménia a cidade continuou o seu crescimento de acordo com os planos arquitectónicos do Partido. Durante a liderança de Nicolae Ceausescu (1965-1989) a maior parte da cidade foi demolida e reconstruída de acordo com o realismo socialista. Ícones da construção desta época são o Centrul Civic, no qual se inclui o Palatul Poporului, hoje Parlamento da Roménia, construído sobre o antigo território de todo um bairro demolido para o efeito. 
A Revolução Romena de 1989 começou com protestos massivos anti-Ceausescu na cidade de Timisoara em Dezembro de 1989 que se expandiram à capital Bucareste e levaram à queda do regime Comunista.
Nos anos 2000, principalmente desde que a Roménia passou a ser membro da União Europeia Bucareste tem vindo a renovar-se particularmente no seu centro histórico e nos seus principais edifícios e monumentos.


Diário de Viagem

Visitei a cidade de Bucareste em Agosto de 2009 onde cheguei vindo de Sofia, a capital da Bulgária. A primeira impressão de Bucareste é que se trata de uma cidade grande, talvez a maior de todas as que visitei nos Balcãs depois de Belgrado. As principais marcas da cidade são os seus inúmeros parques como o Parque Cismigiu, o Parque Herastrau e o Jardim Botanico que é o maior da Roménia e contem mais de 10 mil espécies diferentes de plantas, mas também os seus monumentos mais conhecidos entre os quais se destacam principalmente o Palácio do Parlamento, construído nos anos 1980 durante a liderança do ditador Nicolae Ceausescu.
Ponte sobre o Rio Dambovita (esq) Fachada central do edifício do Palácio do Povo (dta)

Embora pouco apreciado pelos habitantes de Bucareste, o Palácio do Povo é a maior atracção turística da cidade. Este edifício é o segundo maior edifício do planeta em termos de superfície apenas suplantado pelo Pentágono, e representa o topo da Megalomania do regime de Nicolae Ceausescu. A sua construção não ficou concluída aquando da morte do ditador e consequente final do regime optando depois o novo governo romeno por terminar a construção do edifício devido a essa acção ter menos custos do que a demolição da gigante estrutura.
Fotografias de quatro diferentes salas no interior do Palatul Poporului - Palácio do Povo

Aberto ao público desde 1990 é possível efectuar visitas guiadas ao interior desta fascinante construção efectuada apenas com materiais originários do território Romeno com a particularidade da construção de cada sala ter sido atribuída a um arquitecto diferente, daí existiram enormes diferenças arquitectónicas entre elas. Hoje o Palácio do Povo alberga o Parlamento Romeno, bem como a sua Câmara de Deputados e o Senado bem como o Museu Nacional de Arte Contemporânea e um dos maiores centros de convenções do mundo inteiro.
A Praça da Liberdade vista do Parlamento
A Piata Unirii, Praça da Liberdade é o ponto de partida para a baixa da cidade. Duas das principais linhas de metro da cidade de Bucareste interceptam-se neste local que é também o centro governativo da cidade. Esta praça parte do plano de urbanização de Nicolae Ceasescu chamado Centrul Civic que contempla várias construções de estilo marcadamente soviético, além do Palácio do Povo, cuja construção exigiu a demolição de todos os edifícios localizados em volta da Praça da Liberdade entre os quais se encontravam pelo menos três igrejas e um hospital além de várias casas particulares.

A Calea Victoriei ou Avenida da Vitória é a avenida mais cosmopolita da cidade de Bucareste

Construída como uma artéria principal da cidade em 1692 sob ordens de Constantin Brancoveanu que pretendia a construção de uma estrada que ligasse o seu palácio em Mogosoaia com o antigo tribunal esta rua antigamente pavimentada com madeira era conhecida como Podul Mogosoaia. Hoje com o nome de Calea Victoriei, nome que adquiriu após a Guerra da Independência da Roménia em 1878, é a rua mais majestosa de Bucareste.

 Biblioteca Central Universitária (esq) Ateneul Roman - Ateneu Romeno (dta)

Biserica Stavropoleos
Ao caminhar nesta avenida desde a Piata Natiunilor Unite, Praça das Naçoes Unidas, até à Piata Victoriei, Praça da Vitória, encontramos os mais belos edifícios da cidade de Bucareste, como os palácios que albergam o Museu Nacional de Arte, a Biblioteca Central Universitária, o Banco da Roménia e principalmente o Ateneu Romeno desenhado pelo arquitecto francês Albert Galleron, e que data de 1888. Esta é a mais prestigiada sala de concertos da Roménia bem como um dos mais bonitos edifícios de Bucareste e um símbolo da cultura Romena estando por isso inserido desde 2007 na lista dos locais de Herança Cultural Europeia.
Muito próxima do Ateneu situa-se a pequena igreja de Stavropoleos, que data de 1724 e é uma das mais bonitas da cidade. A igreja foi construída segundo o estilo de Brancoveanu que junta elementos Otomanos e Ocidentais com formas arquitectónicas tipicamente romenas. O interior do templo é decorado com trabalhos em pedra e madeira além dos tradicionais frescos das igrejas Ortodoxas.

 Refeição romena num restaurante típico no centro da capital Bucareste (ambas as fotografias)

Nesta zona da cidade existem vários restaurantes onde se pode degustar a saborosa e original cozinha Romena que é uma mistura de diversos pratos com origem nas diferentes tradições que estiveram em contacto umas com as outras durante a longa história do país. Existe uma grande influencia da cozinha Otomana que se dilui um pouco nas mais recentes influencias da cozinha dos países vizinhos como a Alemanha, a Sérvia, a Bulgára e também a Húngara. Alguns dos pratos disponíveis na cozinha Romena existem também noutros países dos Balcãs embora com nomes diferentes.

 Arcul de Triumf - Arco do Triunfo (esq) Teatrul National - Teatro Nacional (dta)

Outras das marcas de Bucareste são o Arco do Triunfo e o Teatro Nacional. O Arco do Triunfo foi construído em 1935 para comemorar a criação da Grande Roménia em 1918 e é uma cópia quase perfeita do Arco do Triunfo de Paris. No arco estão talhados na pedra retratos do Rei Fernando e da Rainha Maria, destruídos durante a época comunista mas restaurados em 1992, bem como os nomes das batalhas travadas pelos Romenos durante a I Guerra Mundial. O Teatro Nacional foi construído em 1973 no mesmo local onde se encontrava o antigo teatro destruído durante os bombardeamentos da II Guerra Mundial e é o maior edifício situado na Praça da Universidade.

 O transito caótico nas ruas centrais de Bucareste (esq) O Parque Cismigiu (dta)

Mosteiro de Antim
No centro da cidade existem vários parques como o Parque Herastrau e o Parque Cismigiu, este rodeado pelos jardins com o mesmo nome e planeado pelo arquitecto alemão Carl F.W. Meyer tem uma história rica que remonta ao ano de 1847 e ao longo da qual foi frequentado por vários poetas e escritores. Outro local que recomendo visitar é o mosteiro Ortodoxo de Antim que se trata de um bonito complexo religioso construído em 1715 de acordo com o projecto arquitectónico elaborado pelo Bispo metropolitano da Valáquia Antim Ivireanu. O monumento localiza-se não muito distante do gigante Palatul Poporului. Uma parte do Mosteiro de Antim foi demolida durante a época de Ceausescu de forma a criar espaço para os megalómanos planos de urbanização do Partido Comunista, e, por isso mesmo, hoje o Mosteiro situa-se um pouco escondido atrás de grandes blocos residenciais cinzentos construídos durante essa época.  

Como Chegar
Estaçao Ferroviária Gara de Nord em Bucareste

Embora sendo uma capital de um país da União Europeia não se pode dizer que seja muito fácil chegar até Bucareste. Desde Portugal não existem voos directos até esta cidade. Eu viajei até Bucareste de comboio desde Sofia, a capital Búlgara num percurso que leva uma noite inteira chegando à Gara de Nord em Bucareste cerca das seis da manha. Para chegar ao centro da cidade desde a Gara de Nord basta apenas apanhar o metro que nos leva até qualquer ponto da cidade.